sábado, 17 de novembro de 2012

TRABALHO DE PESQUISA - TEMA: O ENSINO DE QUIMICA NO SECULO XXI – DESAFIOS PARA OS PROFESSORES NOS DIAS DE HOJE.


TEMA: O ENSINO DE QUIMICA NO SECULO XXI – DESAFIOS PARA OS PROFESSORES NOS DIAS DE HOJE.
DANIELE GOMES NUNES
FRANCISCO PIO PATERNOSTRO
IOLENE CASTRO MARTINS
LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS

Uma das propostas da educação é possibilitar a nossos alunos condições de desenvolvimento pessoal e profissional dando-lhes a oportunidade de identificar e escolher o que gostariam de ser no futuro. Mas para que isso aconteça é necessário uma boa escola com bons professores que saibam ensinar, em especial destacamos a docência do professor de química. E para termos esses profissionais se faz necessário atentar para suas necessidades reais, diminuir o número de alunos em salas de aulas, motivá-los a ler, a estudar mais e consequentemente a aprender mais.    Olhar para os desafios que os professores, principalmente de química, enfrentam nos dias atuais para trabalhar os conteúdos de químicas e como essas metodologias estão afetando o processo ensino-aprendizagem de nossos alunos.
Atualmente o cenário educacional no que diz respeito ao ensino de química nos mostra situações que evidenciam alguns problemas vividos por professores para ensinar química. Essas situações estão conectadas as metodologias utilizadas em sala de aula hoje; as dificuldades e limitações enfrentadas por esses profissionais para ensinar química; as tão sonhadas melhorias e ao perfil ideal de professor para o século XXI.
Para conhecermos um pouco sobre esses desafios enfrentados por esses profissionais da educação entrevistamos alguns professores que ministram aulas de química nas escolas de Ensino Médio Dr. Almir Gabriel e Padre José Nicolino de Souza. Dos quatro professores entrevistados, dois tem licenciatura em ciências naturais com habilitação em química com mais de 25 anos de magistério, um é engenheiro agrônomo com 29 anos de magistério e o outro é licenciado em ciências biológicas com apenas 02 anos de magistério. Observamos que profissionais de outras áreas de conhecimento, devido à carência de profissionais em química, acabam assumindo cargas horárias dessa disciplina.
Quando questionados sobre as metodologias utilizadas em sala de aula os quatro disseram que utilizam além do quadro branco e pincel, leituras de textos, pesquisas bibliográficas, aulas práticas, aulas em vídeos, palestras, seminários, aulas expositivas entre outros. Nesse ponto Nóvoa (1998: 28), citado por Roseli Schnetzler, fala que a forma como cada um de nós constrói a sua identidade profissional define modos distintos de ser professor, marcados pela definição de ideais educativos próprios, pela adoção de métodos e práticas que colam melhor com a sua maneira de ser, pela escolha de estilos pessoais de reflexão sobre a ação (...).
Em relação às metodologias utilizadas por eles em sala de aula perguntamos se as mesmas atendiam as expectativas da clientela que se tem hoje e os mesmos disseram que na medida do possível sim, porém alguns manifestaram preocupação no que diz respeito ao grande desinteresse dos alunos mesmo quando esses professores procuram proporcionar aulas mais dinâmicas utilizando os recursos que a escola dispõe. Essa preocupação evidenciada pelos professores é expressa por Alarcão (1993), quando afirma que a prática pedagógica de cada professor manifesta suas concepções de ensino, aprendizagem e de conhecimento, como também suas crenças, seus sentimentos, seus compromissos políticos e sociais.
No que diz respeito às dificuldades e limitações encontradas para o exercício da docência em química no mundo globalizada que vivemos os entrevistados foram unânimes em responder que é a falta de material didático e de um laboratório que atenda as mínimas necessidades para tornar as aulas mais interessantes, pois sendo a química uma ciência muito presente no cotidiano das pessoas se faz necessário trabalhar as aulas teóricas em consonância com as aulas práticas.  Além disso, é importante ressaltar que a formação e atualizações dos conhecimentos e praticas educacionais utilizadas pelos educadores é uma grande preocupação nos dias atuais, pois o acesso as informações, a internet em nossa cidade é precária.  
Quando questionados sobre quais melhorias deveriam ocorrer para minimizar essas dificuldades e limitações os professores responderam que apesar das escolas possuírem laboratórios com uma boa infraestrutura, precisam de equipamentos e suprimentos (reagentes, indicadores, etc.) para a realização das aulas práticas.
Para encerrar essa entrevista pedimos aos professores para descrever o perfil ideal para o professor do século XXI, onde os mesmos descreveram um profissional formado em química, pesquisador, que trabalhe de forma contextualizada e que esteja a todo momento procurando se atualizar. Isso mostra que nossos professores estão preocupados com sua pratica docente e com o processo ensino-aprendizagem de seus alunos, pois estão buscando se aperfeiçoar e valorizar sua profissão. Segundo Ótavio Maldaner, o professor que não se aperfeiçoa que é teleguiado por um livro didático, sem criar nada em sua sala de aula, que não permite os espaços de criação dos alunos e apenas tenta transferir esse livro didático para a cabeça dos alunos reforça a posição de que para ensinar não é preciso alta qualificação. Com isso o próprio professor acaba se desvalorizando.
Nesse ponto Paulo Freire (1997: 32), chama atenção para a formação de professoras e professores-pesquisadores quando diz:
Fala-se hoje, com insistência, no professor-pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescenta à de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador.           
   Enfim percebemos que o ensino de química ainda carrega traços do ensino tradicional como o famoso quadro de giz que passou a ser chamado quadro branco e as aulas expositivas e há também a forte presença da tecnologia que reflete o mundo globalizado em que vivemos. Além disso, notamos que os professores estão acompanhando essas mudanças no meio educacional e como afirma Ângela Martins, doutora em Educação em entrevista a revista nova escola, que o novo perfil do professor para o século XXI deve estar atrelado ao desenvolvimento contínuo, onde o professor precisa olhar para a própria trajetória profissional, perceber as falhas, saber o que ainda falta aprender e assumir o desafio de ser melhor a cada dia, pois somente assim promoverá a aprendizagem de seus alunos. E como se sabe hoje não é possível dar aulas apenas com o que foi aprendido na academia, mas unindo esse conhecimento com o uso da tecnologia, trocando experiências com os colegas de trabalho, planejar e avaliar acreditando que o seu aluno pode aprender. Pois para muitos estudiosos o professor é um mediador na construção do conhecimento mostrando uma postura ativa de reflexão, autoavaliação e estudos constantes.  
      
REFERENCIA
Prática Pedagógica em Quimica IV / Jorge Ricardo C. Machado – 78p; Belém: Ufpa, 2010.
Revista Profissão Mestre. Educação, mercado de trabalho e tecnologia. Edição nº 117. Site www.profissaomestre.com.br
Revista Profissão Mestre. Professores e Métodos. Edição nº 133. Site www.profissaomestre.com.br

POSTADO POR: DANIELE GOMES NUNES, FRANCISCO PIO PATERNOSTRO, IOLENE CASTRO MARTINS, LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS



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