TEMA:
O ENSINO DE QUIMICA NO SECULO XXI – DESAFIOS PARA OS PROFESSORES NOS DIAS DE
HOJE.
DANIELE GOMES NUNES
FRANCISCO PIO PATERNOSTRO
IOLENE CASTRO MARTINS
LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS
Uma das propostas da
educação é possibilitar a nossos alunos condições de desenvolvimento pessoal e
profissional dando-lhes a oportunidade de identificar e escolher o que
gostariam de ser no futuro. Mas para que isso aconteça é necessário uma boa
escola com bons professores que saibam ensinar, em especial destacamos a
docência do professor de química. E para termos esses profissionais se faz
necessário atentar para suas necessidades reais, diminuir o número de alunos em
salas de aulas, motivá-los a ler, a estudar mais e consequentemente a aprender
mais. Olhar para os desafios que os
professores, principalmente de química, enfrentam nos dias atuais para
trabalhar os conteúdos de químicas e como essas metodologias estão afetando o
processo ensino-aprendizagem de nossos alunos.
Atualmente o cenário
educacional no que diz respeito ao ensino de química nos mostra situações que
evidenciam alguns problemas vividos por professores para ensinar química. Essas
situações estão conectadas as metodologias utilizadas em sala de aula hoje; as
dificuldades e limitações enfrentadas por esses profissionais para ensinar
química; as tão sonhadas melhorias e ao perfil ideal de professor para o século
XXI.
Para conhecermos um pouco
sobre esses desafios enfrentados por esses profissionais da educação
entrevistamos alguns professores que ministram aulas de química nas escolas de
Ensino Médio Dr. Almir Gabriel e Padre José Nicolino de Souza. Dos quatro
professores entrevistados, dois tem licenciatura em ciências naturais com
habilitação em química com mais de 25 anos de magistério, um é engenheiro
agrônomo com 29 anos de magistério e o outro é licenciado em ciências
biológicas com apenas 02 anos de magistério. Observamos que profissionais de
outras áreas de conhecimento, devido à carência de profissionais em química,
acabam assumindo cargas horárias dessa disciplina.
Quando questionados sobre as
metodologias utilizadas em sala de aula os quatro disseram que utilizam além do
quadro branco e pincel, leituras de textos, pesquisas bibliográficas, aulas
práticas, aulas em vídeos, palestras, seminários, aulas expositivas entre
outros. Nesse ponto Nóvoa (1998: 28), citado por Roseli Schnetzler, fala que a
forma como cada um de nós constrói a sua identidade profissional define modos
distintos de ser professor, marcados pela definição de ideais educativos
próprios, pela adoção de métodos e práticas que colam melhor com a sua maneira
de ser, pela escolha de estilos pessoais de reflexão sobre a ação (...).
Em relação às metodologias
utilizadas por eles em sala de aula perguntamos se as mesmas atendiam as
expectativas da clientela que se tem hoje e os mesmos disseram que na medida do
possível sim, porém alguns manifestaram preocupação no que diz respeito ao
grande desinteresse dos alunos mesmo quando esses professores procuram
proporcionar aulas mais dinâmicas utilizando os recursos que a escola dispõe. Essa
preocupação evidenciada pelos professores é expressa por Alarcão (1993), quando
afirma que a prática pedagógica de cada professor manifesta suas concepções de
ensino, aprendizagem e de conhecimento, como também suas crenças, seus
sentimentos, seus compromissos políticos e sociais.
No que diz respeito às
dificuldades e limitações encontradas para o exercício da docência em química no
mundo globalizada que vivemos os entrevistados foram unânimes em responder que
é a falta de material didático e de um laboratório que atenda as mínimas
necessidades para tornar as aulas mais interessantes, pois sendo a química uma
ciência muito presente no cotidiano das pessoas se faz necessário trabalhar as
aulas teóricas em consonância com as aulas práticas. Além disso, é importante ressaltar que a
formação e atualizações dos conhecimentos e praticas educacionais utilizadas
pelos educadores é uma grande preocupação nos dias atuais, pois o acesso as
informações, a internet em nossa cidade é precária.
Quando questionados sobre
quais melhorias deveriam ocorrer para minimizar essas dificuldades e limitações
os professores responderam que apesar das escolas possuírem laboratórios com
uma boa infraestrutura, precisam de equipamentos e suprimentos (reagentes,
indicadores, etc.) para a realização das aulas práticas.
Para encerrar essa
entrevista pedimos aos professores para descrever o perfil ideal para o
professor do século XXI, onde os mesmos descreveram um profissional formado em
química, pesquisador, que trabalhe de forma contextualizada e que esteja a todo
momento procurando se atualizar. Isso mostra que nossos professores estão
preocupados com sua pratica docente e com o processo ensino-aprendizagem de seus
alunos, pois estão buscando se aperfeiçoar e valorizar sua profissão. Segundo
Ótavio Maldaner, o professor que não se aperfeiçoa que é teleguiado por um
livro didático, sem criar nada em sua sala de aula, que não permite os espaços
de criação dos alunos e apenas tenta transferir esse livro didático para a
cabeça dos alunos reforça a posição de que para ensinar não é preciso alta
qualificação. Com isso o próprio professor acaba se desvalorizando.
Nesse ponto Paulo Freire
(1997: 32), chama atenção para a formação de professoras e
professores-pesquisadores quando diz:
Fala-se hoje, com insistência, no
professor-pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor não
é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescenta à de ensinar.
Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de
que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se
assuma, porque professor, como pesquisador.
Enfim
percebemos que o ensino de química ainda carrega traços do ensino tradicional
como o famoso quadro de giz que passou a ser chamado quadro branco e as aulas
expositivas e há também a forte presença da tecnologia que reflete o mundo
globalizado em que vivemos. Além disso, notamos que os professores estão
acompanhando essas mudanças no meio educacional e como afirma Ângela Martins,
doutora em Educação em entrevista a revista nova escola, que o novo perfil do
professor para o século XXI deve estar atrelado ao desenvolvimento contínuo,
onde o professor precisa olhar para a própria trajetória profissional, perceber
as falhas, saber o que ainda falta aprender e assumir o desafio de ser melhor a
cada dia, pois somente assim promoverá a aprendizagem de seus alunos. E como se
sabe hoje não é possível dar aulas apenas com o que foi aprendido na academia,
mas unindo esse conhecimento com o uso da tecnologia, trocando experiências com
os colegas de trabalho, planejar e avaliar acreditando que o seu aluno pode
aprender. Pois para muitos estudiosos o professor é um mediador na construção
do conhecimento mostrando uma postura ativa de reflexão, autoavaliação e
estudos constantes.
REFERENCIA
Prática Pedagógica em
Quimica IV / Jorge Ricardo C. Machado – 78p; Belém: Ufpa, 2010.
Revista Profissão Mestre. Educação,
mercado de trabalho e tecnologia. Edição nº 117. Site www.profissaomestre.com.br
POSTADO POR: DANIELE GOMES NUNES, FRANCISCO PIO PATERNOSTRO, IOLENE CASTRO MARTINS, LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS
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