sábado, 17 de novembro de 2012

ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO CIENTIFICO: A CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUIMICA ATRAVÉS DO LIVRO DIDÁTICO


ANÁLISE CRÍTICA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO
DANIELE GOMES NUNES
FRANCISCO PIO PATERNOSTRO
IOLENE CASTRO MARTINS
LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS

TÍTULO: A Contextualização no Ensino de Química através do Livro Didático

AUTORA: Edson José Wartha e Adelaide Faljoni-Alário.

OBJETIVOS DO ARTIGO
v  Identificar como a contextualização do conhecimento químico é efetivada nos Livros Didáticos;
v  Identificar concepções acerca do significado do termo contextualização.

RELEVÂNCIA
Durante a análise do artigo destacamos alguns pontos relevantes:
v  A proposta abordada pelos autores que mostra as diferentes concepções de contextualização presentes nos livros didáticos de Química do Ensino Médio. Antes os livros didáticos apresentavam apenas o conteúdo de forma “seca” e quase nenhuma conexão com a realidade do aluno. Atualmente, os livros didáticos começaram a abordar além do conteúdo, a história daquele conhecimento químico, pois se faz necessário que o aluno perceba que o conhecimento científico não é algo pronto e acabado e que houve toda uma historia para se chegar ao conhecimento que se tem hoje. Dessa forma o aluno consegue perceber que a ciência também tem uma historia, tornando o conteúdo algo mais consistente e lógico.
v  A necessidade de se articular o conhecimento científico com valores educativos, éticos e humanísticos que permitam ir além da simples aprendizagem de fatos, leis e teorias, propostos pelos PCNEM. Isso mostra que o conhecimento científico precisa está atrelado também aos valores que se pretende trabalhar na aprendizagem dos alunos, pois o aluno também precisa ter valores que contribuam para a sua formação cidadã.  
v  A proposta pedagógica de Freire destacada pelos autores que sustenta a idéia de que a contextualização no processo pedagógico de ensino deve acontece a partir de “temas geradores”. Freire mostra que a aprendizagem dos alunos pode ser trabalhada a partir de temas geradores, onde o mesmo perceba, por exemplo, na produção da farinha, que podemos encontrar conhecimentos químicos em algumas etapas, ou seja, levar o aluno a descobrir que o saber químico pode ser abordado a partir de um tema presente em sua realidade, tornando a aprendizagem mais prazerosa e significativa.
v  A linha de pesquisa defendida pelos autores Zanetic (1989) e Pierson (1997) mencionada pelos autores, mostrando que a transformação no ensino das ciências implica a renovação do conteúdo programático tradicional e não somente a melhoria das abordagens metodológicas. Hoje durante a semana denominada pelas escolas de semana pedagógica, se procura selecionar conteúdos que se acredita serem mais significativos, mas continua-se seguindo uma lista de conteúdos programáticos trabalhados há dez anos ou até mesmo há 15 anos, mas graças a Deus que as metodologias em grande parte evoluíram. Então se faz necessário repensar essa grade de conteúdos programáticos, pois não adianta mudar as metodologias, se continuamos presos ao tradicional.
v  Os Livros Didáticos analisados pelos autores apresentaram diferenças na abordagem quantitativas e semelhanças na abordagem qualitativa, pois o número de termos e/ou palavras que contextualizam o conhecimento químico varia muito entre as coleções analisadas, mas os termos são usados de forma muito semelhante nesses livros didáticos. Ou seja, a diferença está no tamanho e na escrita dos termos dos textos que contextualizam o saber químico, e muitas vezes essa diferença acaba induzindo o professor a selecionar o livro didático a ser utilizado em suas aulas não pela qualidade do texto, mas sim pelo tamanho e pela fácil compreensão dos termos.

CONCLUSÃO
Os autores mostram em seu artigo a necessidade de se articular o conhecimento científico com valores educativos, éticos e humanísticos que permitam ir além da simples aprendizagem de fatos, leis e teorias. Essa necessidade é evidenciada pelos autores a partir da discussão a cerca da contextualização dos conhecimentos químicos abordados dentro dos livros didáticos do ensino médio e as diferentes concepções que se tem do termo contextualização.
Todo o conteúdo do artigo gira em torno da importância da contextualização efetivada nos livros didáticos, onde os autores afirmam que a partir do entendimento do significado da contextualização, o professor pode desenvolver estratégias de ensino que favoreçam o preparo para o exercício da cidadania. Além disso, mostram a partir de suas analises que existem dois tipos de concepções mais presentes nos livros didáticos, onde uma delas mostra que a contextualização é trabalhada como uma descrição científica de fatos e processos do cotidiano do aluno e a outra é vista como uma estratégia de ensino-aprendizagem para facilitar a aprendizagem.
Mas os autores afirmam que se faz necessário um maior estudo do que se pretende com o princípio da contextualização nos documentos oficiais, como os PCNEM, que deveriam servir como parâmetros para a efetivação da contextualização nos LD, já que juntamente com a interdisciplinaridade são os princípios básicos da reforma no Ensino Médio.

 PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
A partir da analise do artigo destacamos os pontos que consideramos positivos para a compreensão do entendimento da contextualização efetivada nos LD do ensino médio e das concepções sobre a contextualização. Não identificamos nenhum ponto que considerássemos negativo diante da analise do artigo. Abaixo estão relacionados os pontos positivos.
v  As idéias defendidas pelos autores a partir das idéias dos autores Zanetic (1989) e Pierson (1997), que se faz necessário uma transformação no ensino das ciências que deve começar a partir da renovação do conteúdo programático tradicional e não somente a melhoria das abordagens metodológicas. Hoje nota-se uma grande mudança nas metodologias se comparadas as que se desenvolvia há cinco anos, mas se continua seguindo uma grade de conteúdos programáticos tradicional, que precisa ser revista e atualizada de acordo com as necessidades atuais de aprendizagem dos alunos.  
v  Os livros didáticos (LD) são importantes mecanismos na homogeneização dos conceitos, conteúdos e metodologias educacionais (Lajolo, 1996). O Livro didático além de ser muitas vezes há única ferramenta de muitos professores, acaba tornando-se um mecanismo que torna o processo ensino-aprendizagem de certa forma igual para todos os alunos.
v  Nos PCNEM (Brasil, 1999a e 1999b), a contextualização é estabelecida como um dos princípios para a organização do currículo por meio de temas da vivência dos alunos. Se momento temos a oportunidade, como futuros professores de química, organizar nosso currículo a partir de temas que estão presentes em nossa realidade, levando o aluno a perceber que o conhecimento químico está atrelado a suas atividades humanas e, portanto a sua vida.
v  Contextualizar é construir significados e significados não são neutros, incorporam valores porque explicitam o cotidiano, constroem compreensão de problemas do entorno social e cultural, facilitam viver o processo da descoberta.
                                                  
EXPECTATIVA DE APLICAÇÃO NA SUA PRÁTICA DOCENTE DIÁRIA
Acreditamos que depois da leitura e analise dos argumentos feitos pelos autores neste artigo, se tomará maior cuidado na hora de trabalhar os conhecimentos químicos utilizando essa nova tendência para o ensino chamada Contextualização, principalmente aquela efetivada nos livros didáticos do ensino médio. Acreditamos que a contextualização é fundamental para torna a aprendizagem mais prazerosa e significativa para o aluno, pois acaba criando condições para que o mesmo experimente a curiosidade, o encantamento da descoberta e a satisfação de construir o conhecimento com autonomia, construir uma visão de mundo e um projeto com identidade própria.

POSTADO POR: DANIELE GOMES NUNES, FRANCISCO PIO PATERNOSTRO, IOLENE CASTRO MARTINS, LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS.

            

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