ANÁLISE CRÍTICA DE UM ARTIGO
CIENTÍFICO
DANIELE GOMES NUNES
FRANCISCO PIO PATERNOSTRO
IOLENE CASTRO MARTINS
LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS
TÍTULO: Competências e Habilidades: você sabe lidar com isso?
AUTORA: Dra. Lenise Aparecida Martins Garcia.
OBJETIVOS
DO ARTIGO
v Mostrar
a importância do currículo (programas de conteúdos de uma disciplina) no
processo ensino-aprendizagem, assim como um ensino centrado no desenvolvimento
de competências e habilidades, contextualizado e formador do cidadão.
v Deixar
claro que ao direcionar o foco do processo ensino-aprendizagem para o desenvolvimento
de competências e habilidades automaticamente isso implicará na mudança de
postura da escola, exigindo um trabalho pedagógico integrado em que se definam
as responsabilidades de cada professor nessa tarefa.
v Mostrar
que o principal papel da escola não é apenas dá informações, mas contribuir
para que o aluno desenvolva habilidades e competências que lhe permitam
trabalhar essa informação, como: saber selecionar, criticar, comparar, elaborar
novos conceitos a partir dos que se tem. Além disso, desenvolver a capacidade
de discernir quais informações são importantes para ele em determinado momento
de sua vida e assim tirar suas conclusões.
v Buscar
esclarecer o que são as competências e habilidades, mostrando que uma competência
permite mobilizar (lançar mão dos mais variados recursos) conhecimentos a fim
de se enfrentar uma determinada situação e estaria constituída por varias
habilidades. A autora deixa claro também que uma habilidade não “pertence” a
determinada competência, pois a mesma pode contribuir para competências
diferentes.
RELEVÂNCIA
Um
dos pontos mais relevante desse artigo é a proposta abordada pela autora que
mostra o processo ensino-aprendizagem focado no desenvolvimento de competências
e habilidades e a preocupação dela em buscar esclarecer o verdadeiro
significado dessas duas palavras que podem mudar a forma de ensinar do
professor e de aprender do aluno. Mostra também a responsabilidade da escola e
do professor na hora de organizar seu programa de ensino e de se trabalhar os
conteúdos programáticos levando em consideração o desenvolvimento de
competências e habilidades, contextualização e a formação cidadã do aluno.
Outro
ponto relevante foi mostrar que o fundamental na educação não é o acúmulo de
informações, mas o desenvolvimento de competências e habilidades que nos
permitam encontrá-las, lidar com elas, discernir quais são importantes para nós
em determinado momento, analisá-las, criticá-las, tirar conclusões. Atualmente
a maioria dos professores está preocupada em cumprir o seu conteúdo
programático e só lembram das competências e habilidades no inicio do ano
letivo quando se reúnem para organizar seu plano de curso. Mas há aqueles que
através de projetos procuram desenvolver competências e habilidades que poderão
contribuir para a formação e exercício da cidadania dos alunos, buscando assim
mudar a concepção de ensino tradicional que insisti em permanecer em nossas
salas de aula voltado apenas para a transmissão do saber. Vale lembrar que o
ensino tradicional contribuiu bastante para o processo ensino-aprendizagem,
pois fomos alunos nessa época e com certeza aprendemos muita coisa que hoje esta
sendo útil para a nossa vida profissional e pessoal.
CONCLUSÃO
As
propostas discutidas neste artigo convergem com as propostas estabelecidas
pelas diretrizes curriculares nacionais que seguem em consonância com uma
tendência mundial que é a necessidade de centrar o processo ensino-aprendizagem
no desenvolvimento de competências e habilidades por parte do aluno, em lugar
de centrá-lo no conteúdo conceitual.
As
novas diretrizes deixam clara a responsabilidade da escola e do professor de
estruturar o seu programa de ensino em um programa dinâmico, sem seguir
rigidamente um livro didático. Este programa deve estar de acordo com a realidade
local e com as necessidades imediatas dos alunos. Essa liberdade dada ao
professor é certamente muito positiva, mas exige preparo e trabalho. É preciso
que os professores saiam de sua cômoda passividade.
Essa
mudança requer trabalho cooperativo de todos para que se estabeleçam rotinas de
planejamento e de acompanhamento do programa de ensino e desta forma, as competências
e habilidades se tornarão na escola uma responsabilidade desde quando a criança
aprende a ler e escrever. Podendo mais tarde saber opinar, julgar, fazer
generalizações, analogias, diagnósticos, independentemente do que se esteja
comparando, classificando e assim por diante.
Mas
para que a escola torne este processo uma realidade é preciso mudar o enfoque,
a abordagem que se faz de muitos assuntos, além da postura do professor, que em
geral considera o conteúdo como de sua responsabilidade, mas a habilidade como
de responsabilidade do aluno. Quando se fala em mudança da pratica docente nos
deparamos com a resistência de muitos professores, pois o novo acaba
atrapalhando o trabalho do professor, a sala de aula vira uma bagunça porque
todos querem participar e o professor acaba tendo mais trabalho e muitos não
querem ter trabalho. Isso contribui para aulas monótonas e conteúdos
descontextualizados tornando o ensino uma coisa solta sem significado algum com
a vida cotidiana do aluno. Mas há aqueles com coragem para embarcar nessas
novas propostas e acabam fazendo a diferença na hora de ensinar e o resultado
desse trabalho acaba afetando o processo ensino-aprendizagem dos alunos que vão
se destacar em relação aos outros.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Acreditamos
que as propostas e discussões apresentadas no artigo são positivas, pois estão
contribuindo para um melhor entendimento do que realmente são as competências e
habilidades dentro da pratica do professor. E podemos dizer que o único ponto
negativo é a falta desse material nas nossas escolas para complementar o
trabalho do professor e com isso mudar sua forma de ensinar. Pois o professor precisa reconhecer que o ensino não pode
mais centrar-se apenas na transmissão de conteúdos conceituais, que sua aula
precisa ser dinâmica, e para isso terá que usar os mais variados recursos
e ter claras as competências e habilidades que pretende atingir, somente assim
haverá um ensino significativo.
Vamos
agora citar alguns trechos que achamos fundamentais para a compreensão de um
ensino centrado no desenvolvimento de competências e habilidades:
v A
competência não é o uso estático de regrinhas aprendidas, mas uma capacidade de
lançar mão dos mais variados recursos, de forma criativa e inovadora, no
momento e do modo necessário.
v A
competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui
para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos,
envolvendo diversos esquemas de percepção, pensamento, avaliação e ação.
v A competência e a habilidade trazem a escola uma nova maneira de
ilustrar a construção do conhecimento e ampliá-lo de uma forma coletiva.
.
EXPECTATIVA
DE APLICAÇÃO NA SUA PRÁTICA DOCENTE DIÁRIA
Acreditamos que depois de todos esses esclarecimentos se
torna mais viável trabalhar os conteúdos em consonância com o desenvolvimento
das competências e habilidades, pois é fundamental na formação dos nossos
alunos que os mesmos saibam analisar, criticar, questionar sobre as informações
que lhes são transmitidas. Mas para isso é necessário que nós como futuros
professores tenhamos competências com grande mobilidade e capacidade da
transferência de conhecimentos para atender a situações concretas que vão
surgir em nossa sala de aula. Atualmente muitos professores na sua pratica
docente diária não trabalham a aplicação das competências e habilidades pelo
simples fato de se sentirem inseguros com essa prática em relação aos alunos e
muitas vezes por não saberem o que são as competências e as habilidades. Muitas
vezes nós professores deixamos de realizar uma aula de laboratório ou um
experimento pelo receio de que os experimentos "deem errado" e os
alunos acabem achando que o professor não sabe o que esta fazendo. É nesse
momento que nós como professores devemos usar de nossa competência para mostrar
aos nossos alunos que nem sempre os experimentos dão o resultado previsto e que
terão que ser formuladas e analisadas novas hipóteses. É a mobilidade da
competência sendo acionada.
É necessário que cada professor se sinta responsável pela
formação global de seu aluno e não por um único aspecto, informativo e
relacionado à sua área específica de atuação.
Postado por: Daniele Gomes Nunes, Francisco Pio Paternostro, Leocimar S. dos A. Martins, Iolene Castro Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário