sábado, 17 de novembro de 2012

ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO: COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: VOCÊ SABE LIDAR COM ISSO?


ANÁLISE CRÍTICA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO
DANIELE GOMES NUNES
FRANCISCO PIO PATERNOSTRO
IOLENE CASTRO MARTINS
LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS

TÍTULO: Competências e Habilidades: você sabe lidar com isso?

AUTORA: Dra. Lenise Aparecida Martins Garcia.

OBJETIVOS DO ARTIGO

v  Mostrar a importância do currículo (programas de conteúdos de uma disciplina) no processo ensino-aprendizagem, assim como um ensino centrado no desenvolvimento de competências e habilidades, contextualizado e formador do cidadão.
v  Deixar claro que ao direcionar o foco do processo ensino-aprendizagem para o desenvolvimento de competências e habilidades automaticamente isso implicará na mudança de postura da escola, exigindo um trabalho pedagógico integrado em que se definam as responsabilidades de cada professor nessa tarefa.
v  Mostrar que o principal papel da escola não é apenas dá informações, mas contribuir para que o aluno desenvolva habilidades e competências que lhe permitam trabalhar essa informação, como: saber selecionar, criticar, comparar, elaborar novos conceitos a partir dos que se tem. Além disso, desenvolver a capacidade de discernir quais informações são importantes para ele em determinado momento de sua vida e assim tirar suas conclusões.
v  Buscar esclarecer o que são as competências e habilidades, mostrando que uma competência permite mobilizar (lançar mão dos mais variados recursos) conhecimentos a fim de se enfrentar uma determinada situação e estaria constituída por varias habilidades. A autora deixa claro também que uma habilidade não “pertence” a determinada competência, pois a mesma pode contribuir para competências diferentes.    

RELEVÂNCIA
Um dos pontos mais relevante desse artigo é a proposta abordada pela autora que mostra o processo ensino-aprendizagem focado no desenvolvimento de competências e habilidades e a preocupação dela em buscar esclarecer o verdadeiro significado dessas duas palavras que podem mudar a forma de ensinar do professor e de aprender do aluno. Mostra também a responsabilidade da escola e do professor na hora de organizar seu programa de ensino e de se trabalhar os conteúdos programáticos levando em consideração o desenvolvimento de competências e habilidades, contextualização e a formação cidadã do aluno.
Outro ponto relevante foi mostrar que o fundamental na educação não é o acúmulo de informações, mas o desenvolvimento de competências e habilidades que nos permitam encontrá-las, lidar com elas, discernir quais são importantes para nós em determinado momento, analisá-las, criticá-las, tirar conclusões. Atualmente a maioria dos professores está preocupada em cumprir o seu conteúdo programático e só lembram das competências e habilidades no inicio do ano letivo quando se reúnem para organizar seu plano de curso. Mas há aqueles que através de projetos procuram desenvolver competências e habilidades que poderão contribuir para a formação e exercício da cidadania dos alunos, buscando assim mudar a concepção de ensino tradicional que insisti em permanecer em nossas salas de aula voltado apenas para a transmissão do saber. Vale lembrar que o ensino tradicional contribuiu bastante para o processo ensino-aprendizagem, pois fomos alunos nessa época e com certeza aprendemos muita coisa que hoje esta sendo útil para a nossa vida profissional e pessoal.

CONCLUSÃO
As propostas discutidas neste artigo convergem com as propostas estabelecidas pelas diretrizes curriculares nacionais que seguem em consonância com uma tendência mundial que é a necessidade de centrar o processo ensino-aprendizagem no desenvolvimento de competências e habilidades por parte do aluno, em lugar de centrá-lo no conteúdo conceitual.
As novas diretrizes deixam clara a responsabilidade da escola e do professor de estruturar o seu programa de ensino em um programa dinâmico, sem seguir rigidamente um livro didático. Este programa deve estar de acordo com a realidade local e com as necessidades imediatas dos alunos. Essa liberdade dada ao professor é certamente muito positiva, mas exige preparo e trabalho. É preciso que os professores saiam de sua cômoda passividade.
Essa mudança requer trabalho cooperativo de todos para que se estabeleçam rotinas de planejamento e de acompanhamento do programa de ensino e desta forma, as competências e habilidades se tornarão na escola uma responsabilidade desde quando a criança aprende a ler e escrever. Podendo mais tarde saber opinar, julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos, independentemente do que se esteja comparando, classificando e assim por diante.
Mas para que a escola torne este processo uma realidade é preciso mudar o enfoque, a abordagem que se faz de muitos assuntos, além da postura do professor, que em geral considera o conteúdo como de sua responsabilidade, mas a habilidade como de responsabilidade do aluno. Quando se fala em mudança da pratica docente nos deparamos com a resistência de muitos professores, pois o novo acaba atrapalhando o trabalho do professor, a sala de aula vira uma bagunça porque todos querem participar e o professor acaba tendo mais trabalho e muitos não querem ter trabalho. Isso contribui para aulas monótonas e conteúdos descontextualizados tornando o ensino uma coisa solta sem significado algum com a vida cotidiana do aluno. Mas há aqueles com coragem para embarcar nessas novas propostas e acabam fazendo a diferença na hora de ensinar e o resultado desse trabalho acaba afetando o processo ensino-aprendizagem dos alunos que vão se destacar em relação aos outros. 

PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Acreditamos que as propostas e discussões apresentadas no artigo são positivas, pois estão contribuindo para um melhor entendimento do que realmente são as competências e habilidades dentro da pratica do professor. E podemos dizer que o único ponto negativo é a falta desse material nas nossas escolas para complementar o trabalho do professor e com isso mudar sua forma de ensinar. Pois o professor precisa reconhecer que o ensino não pode mais centrar-se apenas na transmissão de conteúdos conceituais, que sua aula precisa ser dinâmica, e para isso terá que usar os mais variados recursos e ter claras as competências e habilidades que pretende atingir, somente assim haverá um ensino significativo.
Vamos agora citar alguns trechos que achamos fundamentais para a compreensão de um ensino centrado no desenvolvimento de competências e habilidades:
v  A competência não é o uso estático de regrinhas aprendidas, mas uma capacidade de lançar mão dos mais variados recursos, de forma criativa e inovadora, no momento e do modo necessário.
v  A competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos, envolvendo diversos esquemas de percepção, pensamento, avaliação e ação.
v  A competência e a habilidade trazem a escola uma nova maneira de ilustrar a construção do conhecimento e ampliá-lo de uma forma coletiva.
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EXPECTATIVA DE APLICAÇÃO NA SUA PRÁTICA DOCENTE DIÁRIA
Acreditamos que depois de todos esses esclarecimentos se torna mais viável trabalhar os conteúdos em consonância com o desenvolvimento das competências e habilidades, pois é fundamental na formação dos nossos alunos que os mesmos saibam analisar, criticar, questionar sobre as informações que lhes são transmitidas. Mas para isso é necessário que nós como futuros professores tenhamos competências com grande mobilidade e capacidade da transferência de conhecimentos para atender a situações concretas que vão surgir em nossa sala de aula. Atualmente muitos professores na sua pratica docente diária não trabalham a aplicação das competências e habilidades pelo simples fato de se sentirem inseguros com essa prática em relação aos alunos e muitas vezes por não saberem o que são as competências e as habilidades. Muitas vezes nós professores deixamos de realizar uma aula de laboratório ou um experimento pelo receio de que os experimentos "deem errado" e os alunos acabem achando que o professor não sabe o que esta fazendo. É nesse momento que nós como professores devemos usar de nossa competência para mostrar aos nossos alunos que nem sempre os experimentos dão o resultado previsto e que terão que ser formuladas e analisadas novas hipóteses. É a mobilidade da competência sendo acionada.
É necessário que cada professor se sinta responsável pela formação global de seu aluno e não por um único aspecto, informativo e relacionado à sua área específica de atuação.


Postado por: Daniele Gomes Nunes, Francisco Pio Paternostro, Leocimar S. dos A. Martins, Iolene Castro Martins
                

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