ANÁLISE CRÍTICA DE UM ARTIGO
CIENTÍFICO
DANIELE GOMES NUNES
FRANCISCO PIO PATERNOSTRO
IOLENE CASTRO MARTINS
LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS
TÍTULO: A Contextualização no Ensino de Química através do Livro Didático
AUTORA: Edson José Wartha e Adelaide
Faljoni-Alário.
OBJETIVOS
DO ARTIGO
v Identificar
como a contextualização do conhecimento químico é efetivada nos Livros
Didáticos;
v Identificar
concepções acerca do significado do termo contextualização.
RELEVÂNCIA
Durante
a análise do artigo destacamos alguns pontos relevantes:
v A proposta
abordada pelos autores que mostra as diferentes concepções de contextualização
presentes nos livros didáticos de Química do Ensino Médio. Antes os livros
didáticos apresentavam apenas o conteúdo de forma “seca” e quase nenhuma
conexão com a realidade do aluno. Atualmente, os livros didáticos começaram a abordar
além do conteúdo, a história daquele conhecimento químico, pois se faz
necessário que o aluno perceba que o conhecimento científico não é algo pronto
e acabado e que houve toda uma historia para se chegar ao conhecimento que se
tem hoje. Dessa forma o aluno consegue perceber que a ciência também tem uma
historia, tornando o conteúdo algo mais consistente e lógico.
v A necessidade
de se articular o conhecimento científico com valores educativos, éticos e
humanísticos que permitam ir além da simples aprendizagem de fatos, leis e
teorias, propostos pelos PCNEM. Isso mostra que o conhecimento científico
precisa está atrelado também aos valores que se pretende trabalhar na
aprendizagem dos alunos, pois o aluno também precisa ter valores que contribuam
para a sua formação cidadã.
v A proposta
pedagógica de Freire destacada pelos autores que sustenta a idéia de que a
contextualização no processo pedagógico de ensino deve acontece a partir de
“temas geradores”. Freire mostra que a aprendizagem dos alunos pode ser
trabalhada a partir de temas geradores, onde o mesmo perceba, por exemplo, na
produção da farinha, que podemos encontrar conhecimentos químicos em algumas
etapas, ou seja, levar o aluno a descobrir que o saber químico pode ser
abordado a partir de um tema presente em sua realidade, tornando a aprendizagem
mais prazerosa e significativa.
v A
linha de pesquisa defendida pelos autores Zanetic (1989) e Pierson (1997)
mencionada pelos autores, mostrando que
a transformação no ensino das ciências implica a renovação do conteúdo
programático tradicional e não somente a melhoria das abordagens metodológicas.
Hoje durante a semana denominada pelas escolas de semana pedagógica, se procura
selecionar conteúdos que se acredita serem mais significativos, mas continua-se
seguindo uma lista de conteúdos programáticos trabalhados há dez anos ou até
mesmo há 15 anos, mas graças a Deus que as metodologias em grande parte
evoluíram. Então se faz necessário repensar essa grade de conteúdos
programáticos, pois não adianta mudar as metodologias, se continuamos presos ao
tradicional.
v Os Livros
Didáticos analisados pelos autores apresentaram diferenças na abordagem quantitativas
e semelhanças na abordagem qualitativa, pois o número de termos e/ou palavras
que contextualizam o conhecimento químico varia muito entre as coleções
analisadas, mas os termos são usados de forma muito semelhante nesses livros
didáticos. Ou seja, a diferença está no tamanho e na escrita dos termos dos
textos que contextualizam o saber químico, e muitas vezes essa diferença acaba
induzindo o professor a selecionar o livro didático a ser utilizado em suas
aulas não pela qualidade do texto, mas sim pelo tamanho e pela fácil
compreensão dos termos.
CONCLUSÃO
Os autores mostram em seu artigo a necessidade de se
articular o conhecimento científico com valores educativos, éticos e
humanísticos que permitam ir além da simples aprendizagem de fatos, leis e
teorias. Essa necessidade é evidenciada pelos autores a partir da discussão a
cerca da contextualização dos conhecimentos químicos abordados dentro dos
livros didáticos do ensino médio e as diferentes concepções que se tem do termo
contextualização.
Todo o conteúdo do artigo gira em torno da importância da
contextualização efetivada nos livros didáticos, onde
os autores afirmam que a partir do entendimento do significado
da contextualização, o professor pode desenvolver estratégias de ensino que
favoreçam o preparo para o exercício da cidadania. Além disso, mostram a partir
de suas analises que existem dois tipos de concepções mais presentes nos livros
didáticos, onde uma delas mostra que a contextualização é trabalhada como uma descrição
científica de fatos e processos do cotidiano do aluno e a outra é vista como uma
estratégia de ensino-aprendizagem para facilitar a aprendizagem.
Mas os autores afirmam que se faz necessário um maior estudo
do que se pretende com o princípio da contextualização nos documentos oficiais,
como os PCNEM, que deveriam servir como parâmetros para a efetivação da
contextualização nos LD, já que juntamente com a interdisciplinaridade são os princípios
básicos da reforma no Ensino Médio.
PONTOS
POSITIVOS E NEGATIVOS
A partir da analise do artigo destacamos os pontos que
consideramos positivos para a compreensão do entendimento da contextualização
efetivada nos LD do ensino médio e das concepções sobre a contextualização. Não
identificamos nenhum ponto que considerássemos negativo diante da analise do
artigo. Abaixo estão relacionados os pontos positivos.
v As
idéias defendidas pelos autores a partir das idéias dos autores Zanetic (1989)
e Pierson (1997), que se faz necessário uma transformação no ensino das
ciências que deve começar a partir da renovação do conteúdo programático
tradicional e não somente a melhoria das abordagens metodológicas. Hoje nota-se
uma grande mudança nas metodologias se comparadas as que se desenvolvia há
cinco anos, mas se continua seguindo uma grade de conteúdos programáticos
tradicional, que precisa ser revista e atualizada de acordo com as necessidades
atuais de aprendizagem dos alunos.
v Os
livros didáticos (LD) são importantes mecanismos na homogeneização dos
conceitos, conteúdos e metodologias educacionais (Lajolo, 1996). O Livro
didático além de ser muitas vezes há única ferramenta de muitos professores,
acaba tornando-se um mecanismo que torna o processo ensino-aprendizagem de
certa forma igual para todos os alunos.
v Nos
PCNEM (Brasil, 1999a e 1999b), a contextualização é estabelecida como um dos
princípios para a organização do currículo por meio de temas da vivência dos
alunos. Se momento temos a oportunidade, como futuros professores de química,
organizar nosso currículo a partir de temas que estão presentes em nossa
realidade, levando o aluno a perceber que o conhecimento químico está atrelado
a suas atividades humanas e, portanto a sua vida.
v Contextualizar
é construir significados e significados não são neutros, incorporam valores porque
explicitam o cotidiano, constroem compreensão de problemas do entorno social e
cultural, facilitam viver o processo da descoberta.
EXPECTATIVA
DE APLICAÇÃO NA SUA PRÁTICA DOCENTE DIÁRIA
Acreditamos que depois da leitura e analise dos
argumentos feitos pelos autores neste artigo, se tomará maior cuidado na hora
de trabalhar os conhecimentos químicos utilizando essa nova tendência para o
ensino chamada Contextualização, principalmente aquela efetivada nos livros
didáticos do ensino médio. Acreditamos que a contextualização é fundamental
para torna a aprendizagem mais prazerosa e significativa para o aluno, pois
acaba criando condições para que o mesmo experimente a
curiosidade, o encantamento da descoberta e a satisfação de construir o
conhecimento com autonomia, construir uma visão de mundo e um projeto com
identidade própria.
POSTADO POR: DANIELE GOMES NUNES, FRANCISCO PIO PATERNOSTRO, IOLENE CASTRO MARTINS, LEOCIMAR SOUZA DOS ANJOS MARTINS.
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